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MONTE SIÃO, M.G., Brazil
SOU EDUCADOR FÍSICO REGISTRADO NO CREF-SP. TRABALHO COM ACADEMIAS, AVALIAÇÃO FÍSICA, TREINAMENTO PERSONALIZADO, TREINAMENTO FUNCIONAL E TREINAMENTO PARA LUTADORES, SOU IDEALIZADOR DO PROJETO CULTURAL "GAKKOU NO BUDO" AULAS DE JUDO/KARATE, PARA CRIANÇAS DO ENSINO INFANTIL 3 A 7 ANOS.

CUIDADO COM OS MERGULHOS EM AGUA FRIA

O coração muito acelerado, músculos contraídos e o organismo muito preocupado em manter a temperatura estável. É isto que acontece ao corpo nos mergulhos em água fria.

E eis que chega a hora de entrarmos pela primeira vez na água do mar, prontos a estrear a época de férias deste ano. Costuma ser um momento quase solene, que celebra o verão e alivia o calor. A questão é que essa pode não ser uma ideia muito saudável, como explica o El País.

Olhando para os termómetros podemos entender porquê. A seguir à absorção de oxigénio, a prioridade do organismo humano é manter a temperatura corporal a 36,5ºC. Se a mínima variação deste valor consegue pôr o corpo em alerta, imagine quando decidimos entrar num ápice na água do Oceano Atlântico, que costuma estar a apenas a 19ºC. Principalmente se assumirmos que a temperatura ambiente no verão pode alcançar os 40ºC.

O que acontece? A pele retrai, os músculos contraem e o sangue concentra-se. Tudo isto na tentativa de manter a temperatura do corpo, conforme descreve o catedrático especialista em Física Aplicada, Antonio Ruiz de Elvira. Estas reações são da responsabilidade do sistema nervoso, que envia sinais de alerta por todas as partes do corpo e que o avisa de que deve estar atento a uma agressão do exterior, conforme explicado no livro “Medicina do exercício físico e do desporto para a atenção à saúde”.

Gordon Giesbrecht é outro investigador que se dedica ao estudo da imersão do corpo humano na água. E também ele enumera as reações corporais quando mergulhamos no mar frio: a inspiração que somos obrigados a fazer para mergulhar conduz a uma hiperventilação duas vezes maior do que a respiração normal. Depois, entramos em vasoconstrição. Ou seja, o coração acelera.

E estes dois investigadores não são os únicos a deixar alertas. De acordo com um estudo da Universidade de Portsmouth, 2% das pessoas experimenta arritmias quando o corpo entra em água fria. A percentagem sobe para 82 quando mergulhamos, imergindo tronco, membros e cabeça.

É também devido à diferença para com a temperatura corporal que não devemos entrar dentro de água durante a digestão: o choque térmico influencia a digestão e pode prejudicá-la, causando paragens graves.

Quando decidimos atirar-nos para dentro de uma piscina, por norma não estamos a colocar a saúde em risco. Mas se submetermos o corpo a temperaturas muito baixas sem que estarmos preparados para isso, o arrefecimento repentino pode trazer problemas: quanto maior a diferença de temperatura entre o corpo e a água, mais perigoso se torna o mergulho. Mas tudo isto depende também das características físicas – género, tamanho e configuração do corpo.

O melhor mesmo é desejar que este ano a água da praia esteja mais perto da temperatura das águas do Caribe e pensar positivo. Afinal, nem tudo é mau. A água fria tem benefícios para a saúde: estimula o organismo e a mente, reduz a fadiga e alivia a dor muscular. É por isso que costuma ser usada nas terapêuticas com atletas de alta competição.

FONTE:
Observador (Portugal)

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